Embora esses termos estejam relacionados com o batimento do coração, eles representam significados diferentes.
É comum que profissionais de saúde confundam os termos pulso e frequência cardíaca, mas é importante entender que são conceitos diferentes e que podem influenciar significativamente na avaliação do paciente.
Como profissionais da enfermagem, é fundamental entender a diferença entre cada um.
Frequência cardíaca
A frequência cardíaca é a quantidade de vezes que o coração bate em um minuto, e pode ser avaliada utilizando-se diferentes métodos, como o monitor multiparâmetro, o eletrocardiograma (ECG) ou a palpação do pulso apical.
A frequência cardíaca normal em repouso varia de acordo com a idade e o nível de atividade física da pessoa, e geralmente fica entre 60 e 100 bpm.
Pulso
O pulso é a onda de pressão que é gerada pelo bombeamento de sangue pelo coração e que se propaga pelas artérias. Ele pode ser facilmente medido em locais onde uma artéria é superficial e pode ser pressionada contra um osso onde as artérias são profundas. Os locais mais comuns são as artérias radial, carótida e femoral.
É a sensação de movimento que sentimos quando o sangue é bombeado pelo coração através das artérias.
Como não confundir pulso com frequência cardíaca?
É importante entender a diferença entre esses dois termos para evitar confusões que podem comprometer a avaliação do paciente. Abaixo, listamos algumas dicas para evitar a confusão:
Localização: O pulso é aferido em locais específicos do corpo, por exemplo: pescoço, punho e a virilha. Já a frequência cardíaca é verificada no ponto de ERB no 5º espaço intercostal da linha hemiclavicular esquerda.
Instrumentos: O pulso pode ser aferido manualmente ou com o uso de um dispositivo específico, como o oxímetro de pulso. Já a frequência cardíaca pode ser aferida pelo monitor multiparâmetro ou por meio da palpação da área precordial.
Variações: O pulso pode variar de acordo com a frequência cardíaca, a temperatura corporal e a posição do corpo. Já a frequência cardíaca pode variar de acordo com a idade, a condição de saúde e a atividade física.
Interpretando no monitor multiparâmetro
O monitor multiparâmetro funciona por meio de sensores que captam os sinais fisiológicos do paciente, os quais são transformados em sinais elétricos e processados pelo equipamento, sendo apresentados em forma de valores numéricos e gráficos na tela. Com isso, é possível avaliar de forma contínua os sinais vitais do paciente, permitindo uma intervenção precoce em caso de alterações nos valores medidos.
Para analisar corretamente a frequência cardíaca e o pulso no monitor multiparâmetro, é necessário entender as diferenças entre eles e como interpretar os dados apresentados. É importante lembrar que os valores normais de frequência cardíaca variam de acordo com a idade e a condição clínica do paciente, por isso é fundamental conhecer as faixas de normalidade para cada caso.
É importante verificar se o equipamento está devidamente calibrado e se os sensores estão posicionados corretamente. Em seguida, deve-se observar os valores apresentados no visor do equipamento, que indicarão a frequência cardíaca em bpm.
Além da frequência cardíaca, o monitor multiparâmetro também pode fornecer informações sobre o pulso. É importante lembrar que a avaliação da qualidade do pulso deve ser realizada por um profissional de saúde capacitado, que deverá observar o padrão e a simetria do pulso em diferentes pontos do corpo.
A medição da frequência cardíaca é uma parte crítica do cuidado da saúde cardiovascular e a confusão com o pulso pode levar a erros nas condutas. É importante que os profissionais de enfermagem entendam a diferença entre esses dois termos e saibam como medi-los com precisão.
Não se esqueça que a referência para a terminologia de pulso é sfigmia, por exemplo: um paciente com 40ppm (pulso por minuto) está com bradisfigmia.
Gostou do nosso conteúdo? Siga a gente no IG @praticaenfermagem para saber mais.
Comentarios