Não confunda anotação e evolução de enfermagem! É muito comum que esse erro se forme na cabeça dos estudantes da área. No entanto, na prática a anotação é bem diferente da evolução e nós vamos te explicar essas diferenças.
Afinal, nosso objetivo hoje é que você nunca mais cometa esse equívoco para que seja um profissional que saiba fazer os procedimentos básicos de sua área.
Processo de enfermagem
Antes de pensarmos em diferenças e o que é cada conceito, seja a anotação ou evolução de enfermagem, é importante entender sobre o processo de enfermagem.
O processo de enfermagem é realizado exclusivamente pelo enfermeiro, de modo deliberado e sistematizado, em toda a assistência de enfermagem.
Conforme o COFEN 358/2009, o processo de enfermagem é composto por cinco etapas: coleta de dados de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem.
Vale ressaltar que o COFEN 272/2002 foi revogado pelo COFEN 358/2009, e na resolução antiga, a quinta etapa do processo de enfermagem era a evolução de enfermagem.
Anotação de enfermagem
A anotação nada mais é que o registro de enfermagem! Toda a equipe de enfermagem faz as anotações de acordo com os procedimentos feitos, bem como, as intercorrências que acontecem ao longo do atendimento.
É um documento importante para que todos os dados do paciente estejam detalhados, garantindo segurança para o atendimento.
É muito comum a crença de que o auxiliar ou técnico faz a anotação e o enfermeiro apenas a evolução. Isso ocorre devido a mudança da resolução de enfermagem, conforme já citado. Afinal, o adequado é que qualquer membro da equipe faça a anotação conforme procedimentos realizados.
Evolução de enfermagem
A evolução de enfermagem é a evolução clínica do paciente feita nos finais de plantões ou períodos, ou seja, a evolução é uma análise clínica do paciente realizada nos finais de turno ou plantão.
A evolução de enfermagem é exclusiva do enfermeiro, mas devido a resolução do COFEN 272/2002, que alterou a resolução para o COFEN 358/2009 que passou a quinta etapa passou a ser a avaliação de enfermagem.
Não existe evolução sem tempo
Não há como fazer evolução sem dados para comparação. Por isso, a evolução sempre precisa de tempo, enquanto a anotação é pontual.
Todos os profissionais que visitam o paciente devem fazer anotações. Enquanto a evolução demanda algumas horas de registro para que possa ser executada corretamente. Uma vez que, exige entender o quadro, comparar os dados e só então é possível fazer a evolução do paciente.
Raciocínio clínico é papel do enfermeiro
A avaliação do paciente é papel do enfermeiro justamente por causa da divisão das funções. Tendo em vista que, o técnico de enfermagem executa ações coordenadas para a melhora do paciente. Enquanto o auxiliar de enfermagem auxilia o atendimento.
O enfermeiro é, por sua vez, responsável pela avaliação do paciente e raciocínio clínico, possibilitando que faça a evolução do paciente com maior qualidade, clareza e eficiência.
Para que se entenda melhor, o enfermeiro visita o paciente, faz a avaliação e tira suas conclusões a partir do quadro geral. A partir de então, ele estabelece um plano de cuidados ao técnico de enfermagem para que faça a execução de uma determinada tarefa para melhora do quadro do paciente.
Seja a avaliação dos sinais vitais ou qualquer outra tarefa a ser executada, para que a equipe tenha mais informações clínicas sobre aquele paciente.
Após a assistência realizada, o técnico sempre deve fazer a anotação do procedimento realizado. Dessa forma, o enfermeiro terá as informações que solicitou para que possa fazer a avaliação do quadro no momento correto.
Tudo que for feito com o paciente, seja enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem, gera anotação. De modo que, seja possível comparar os dados e ir gerando dados do paciente com base no raciocínio clínico do enfermeiro sobre o quadro de forma geral.
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