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Balanço Hídrico: Um Guia Completo para Profissionais de Saúde

O balanço hídrico é uma das ferramentas mais importantes no acompanhamento de pacientes em diferentes contextos clínicos. Ele permite avaliar a relação entre os volumes de líquidos que entram e saem do corpo ao longo de um período, geralmente 24 horas. A partir dessa análise, é possível identificar sinais de desidratação, sobrecarga de líquidos ou outras alterações que podem comprometer o estado de saúde do paciente.

 

Neste artigo, exploramos os conceitos básicos do balanço hídrico, como realizá-lo corretamente e sua relevância para a prática clínica.

 

O Que É o Balanço Hídrico?

 

O balanço hídrico é o registro quantitativo dos líquidos ingeridos (ganhos) e eliminados (perdas) por um paciente em um determinado intervalo de tempo. Ele é amplamente utilizado em unidades de terapia intensiva, enfermarias e em situações onde o controle rigoroso da hidratação é essencial.

 

  • Balanço Positivo: Ocorre quando o volume de líquidos que entra é maior que o volume eliminado.

  • Balanço Negativo: Ocorre quando o volume eliminado é maior que o volume de líquidos que entra.

  • Balanço Neutro: Quando os volumes de entrada e saída se equivalem.

 

Cada um desses resultados tem implicações diferentes e pode indicar condições clínicas específicas.

 

Por Que o Balanço Hídrico é Importante?

 

Manter o balanço hídrico adequado é essencial para garantir a homeostase do organismo. O acompanhamento permite:

 

  1. Identificar Desidratação: Comum em pacientes com perdas excessivas por vômitos, diarreia ou febre.

  2. Prevenir Sobrecarga de Líquidos: Frequentemente observada em pacientes com insuficiência renal ou edema generalizado.

  3. Orientar Terapias: Como reposição de fluidos intravenosos, ajustes na dieta ou administração de diuréticos.

  4. Monitorar Respostas Clínicas: Avaliar a eficiência de intervenções terapêuticas em tempo real.

 

Como Realizar o Balanço Hídrico?

 

1. Registro dos Ganhos

 

Os ganhos incluem todo o volume de líquidos que entra no organismo do paciente. Isso inclui:

 

  • Soro Intravenoso: Como soro fisiológico, ringer lactato ou outras soluções prescritas.

  • Dietas Enterais: Dietas administradas via sonda nasoenteral ou gastrostomia.

  • Ingestão Oral: Água, sucos, sopas e outros líquidos consumidos pelo paciente.

  • Medicações Diluídas: Antibióticos ou outros medicamentos administrados com diluentes.

 

Exemplo:

  • Soro fisiológico: 500 ml (9h) + 500 ml (19h)

  • Dieta enteral: 250 ml (8h) + 200 ml (12h) + 200 ml (18h)

  • Total de ganhos: 1650 ml

 

2. Registro das Perdas

 

As perdas incluem todos os líquidos eliminados pelo paciente, como:

 

  • Urina: Coletada por sonda vesical ou eliminada espontaneamente.

  • Evacuações: Quantidade de fezes, especialmente em casos de diarreia.

  • Vômitos: Volume estimado ou medido.

  • Drenos e Bolsas: Como drenagem torácica, colostomia ou nasogástrica.

  • Perdas Insensíveis: Suor excessivo ou evaporação cutânea, quando mensuráveis.

 

Exemplo:

  • Urina: 700 ml (10h) + 600 ml (18h) + 500 ml (1h)

  • Total de perdas: 1800 ml

 

3. Cálculo Final

 

Para calcular o balanço hídrico, subtraia as perdas dos ganhos:

 

Balanço Hídrico = Ganhos - Perdas

 

Exemplo:

  • Ganhos: 1650 ml

  • Perdas: 1800 ml

  • Balanço hídrico: -150 ml (negativo)

 

4. Interpretação dos Dados

 

Os resultados do balanço devem ser analisados em conjunto com a condição clínica do paciente:

 

  • Balanço Positivo: Indicado para pacientes desidratados ou em pós-operatório com necessidade de reposição de fluidos.

  • Balanço Negativo: Recomendado em casos de edema, insuficiência cardíaca ou renal.

  • Balanço Neutro: Ideal para a maioria dos pacientes sem condições críticas que exijam ajuste hídrico.

 

Dicas Práticas para Profissionais

 

  1. Registre Todos os Dados com Precisão: Utilize fichas ou sistemas eletrônicos para anotar horários e volumes.

  2. Quantifique Perdas Insensíveis Quando Possível: Como suor e evaporação.

  3. Monitore Regularmente: Reavalie o balanço hídrico a cada 24 horas ou conforme a necessidade clínica.

  4. Ajuste Conforme o Plano Terapêutico: Os objetivos do balanço variam de acordo com a condição do paciente e o planejamento da equipe multiprofissional.

 

Conclusão

 

O balanço hídrico é uma ferramenta essencial na prática clínica, permitindo um controle detalhado do estado hídrico do paciente. Seu correto acompanhamento garante intervenções mais eficazes, contribuindo para a segurança e a qualidade do atendimento.

 

Se você deseja saber mais sobre balanço hídrico ou outros temas relacionados, deixe um comentário ou entre em contato. E não esqueça de compartilhar este artigo com seus colegas de equipe!

 

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